Como foi ser Teaching Assistant de UX/UI Design na Ironhack
Minha relação com a Ironhack começou em 2019, quando eu realizei o bootcamp de UX/UI Design — que foi incrível.
Depois de 6 meses intensos conciliando o trabalho de dia com os estudos à noite e aos finais de semana, tomei 2 semanas de fôlego e descanso para assumir o próximo desafio: ser Teaching Assistant (TA) dessa formação.
Ao lado dos queridos Emerson Niide (Lead Teacher) e Fulvio Irente (Teaching Assistant), começamos 2020 cheios de entusiasmo para conhecer aqueles 13 profissionais que dividiram o próximo semestre conosco.
Retrospectiva rápida
Ter feito este bootcamp em 2019 foi um divisor de águas na minha carreira.
Pude validar e ampliar meus conhecimentos em UX, aprender muito sobre UI e bases de HTML e CSS, além de conhecer pessoas sensacionais que se tornaram muito parceiras, uma rede incrível de amizade, de troca e de apoio.
Um agradecimento especial para a Isabela Abrantes, que liderou essa nossa turma em 2019 e estimulou essa conexão ❤
Voltando ao tópico, começou 2020.
Eu tinha acabado de sair de onde trabalhei por mais de 2 anos, tinha entrado há pouco no Boticário como UX Designer, e agora estava assumindo mais este compromisso!
O bootcamp começa com uma semana dedicada à finalização do prework (exercícios que antecipam o início da formação). Para os alunos é momento de embarcar no ritmo de estudos e nivelar seus conhecimentos.
Essa primeira semana foi um baita desafio, eu estava sozinha com a turma, dando assistência para eles enquanto aprendia a ser TA. O Fulvio ainda não estava em São Paulo e o Emerson estava de licença médica. Spoiler: deu tudo certo!
Na semana seguinte o curso começou pra valer, eu já tinha aprendido o nome de todo mundo, e estava me sentindo preparada, lá do fundo da sala, para o que viesse pela frente!
E morrendo de medo de não dar conta :)
Minhas principais responsabilidades dali em diante seriam garantir a experiência da formação, ajudar os alunos nos projetos, ser uma ponte entre eles e a coordenação do curso e , claro, ser um braço para o professor para ele focar totalmente no conteúdo.
Aí chegou o COVID-19 e a quarentena..
…bem no meio da formação. E agora?
O time da Ironhack global foi incrivelmente ágil na resposta: pausamos o curso por uma semana para termos a capacitação técnica e de ferramentas para seguirmos com a turma remotamente, até a situação se normalizar.
Spoiler 2: não se normalizou e finalizamos essa turma com sucesso, mas ainda de maneira remota.
Já agradeci antes, mas como nunca é demais, obrigada turma por serem tão maduros e optarem por (mais) esse desafio de seguir com o Bootcamp online. Vocês são brilhantes e enfrentaram tudo isso no meio de uma pandemia, não foi fácil ❤
Sobre as pessoas
Eu acho que um dos momentos mais ricos dessa formação são os 1:1s, ou como preferimos chamar, 1:3s. Um momento de conversa e feedback para cada um dos alunos, individualmente, com o professor e TAs.
Entender as motivações, anseios, dificuldades de cada um e fazer esse acompanhamento ao longo do curso, constrói uma ligação muito importante, além de nos permitir tornar a formação única para aquele conjunto de pessoas.
Quem enfrenta um bootcamp não busca somente mais conhecimento, busca disrupção.
A Daniela TA reconhecia a Daniela aluna em cada um daqueles alunos. A vontade de mudar, o medo de não dar certo, a frustração com a rotina, a expectativa de ver um novo horizonte, a facilidade com projetos mais fáceis, a preocupação com projetos mais difíceis.
É tudo muito intenso e muito rápido. A cada semana, novos conteúdos, novos projetos. Você vai aprendendo sem perceber, e quando dá conta, passou e deu tudo certo. Você está pronto para uma nova fase da sua vida e carreira.
Enquanto alunos do bootcamp, acabamos trocando mais com as pessoas dos nossos grupos, com quem fazemos projetos juntos. Dessa vez, como TA, pude perceber ainda mais a riqueza de ter uma turma com tantos backgrounds diferentes.
Os alunos somam aquilo que estão aprendendo com a bagagem que já têm, seja ela qual for. Cada projeto sai com uma assinatura diferente, um espelho daqueles que fizeram parte.
Então, se você pensa em fazer um bootcamp mas tem receio “por não ser da área”, não precisa se preocupar.
Nessa turma, por exemplo, tivemos: engenheira, arquiteta, jornalista, fotógrafo, gerentes, marketeiros, e também, designers. Todos se formaram excelentes UX/UI Designers.
Você pode conhecê-los aqui:
O que aprendi sendo TA
O aprendizado dessa experiência valeu para a vida e eu carrego hoje para diversas outras relações. Sejam elas profissionais com meu time, pessoais com meus amigos, familiares etc:
É saber respeitar o ritmo do outro, enquanto queremos passar uma enxurrada de dicas. É orientar sem dar o caminho pronto. É motivar sem pressionar. É entender contexto, decisões, pensamentos diferentes. Enfim, é querer ampliar o potencial de cada um através da troca, na medida que o outro esteja aberto a receber.
E isso tudo se resume a: ter empatia.
Também aprendi que ter pessoas incríveis ao seu lado faz toda a diferença na sua entrega. Se eu consegui ajudar essa turma, é porque tive uma experiência incrível com a Belinha e com a minha turma, e porque estive ao lado do Emerson e Fulvio este ano. Manu, Rogério, Isabella e Alexandre que tocaram/tocam a Ironhack São Paulo, fica aqui também meu agradecimento por essa oportunidade incrível.
Que equipe ❤
3 provocações finais
- A gente sempre tem o que ensinar, mesmo quando achamos que sabemos muito pouco para tal.
- A troca de conhecimento só enriquece o meio e as relações.
- Seja inquieto e vá além, você ficará surpreso com o tanto que consegue dar conta.
Ano passado eu fiz uma série de publicações sobre minha formação em UX/UI Design pela Ironhack. Confira outras publicações:
